“Não
podemos gastar mais do que ganhamos” é uma máxima muito importante, exceto para
o futebol, pelo menos aqui no Brasil. A cada ano que passa os nossos clubes se
endividam cada vez mais, são zeros sem fim.
O torcedor não se preocupa com dívidas, quer resultados e títulos. Para montar times fortes é preciso gastar com
pagamento de transferências, salários, bônus. Austeridade produz times fracos,
uma vez que contratações de qualidade são deixadas de lado.
Por um momento, grandes gastos podem
produzir grandes times vencedores. É lucro no curto prazo.
Mas, e no longo prazo? A resposta é simples: o lucro vira prejuízo.
Times fortes dão lugar a times fracos e muitos problemas.
Não há exemplo melhor do que o
Botafogo na década de 90, quando conquistou 1 Campeonato Brasileiro, 1 Copa
Sul-Americana(antes com o nome de Copa Conmebol) e o clássico Torneio Rio-São
Paulo em 1998, além de ter chegado à final da Copa do Brasil de 1999.
Naquela época o time alvinegro gastou
altas quantias sem controle e racionalidade. Deu lucro, mídia, torcida e
vitórias. Na virada do século, a conta chegou e o time pagou caro, a ponto de
ser rebaixado em 2002 e agora está em lenta recuperação. O Corinthians já experimentou o mesmo caminho.
A próxima vítima é o Flamengo, que está em
péssima fase, enfrentando cobrança de credores e a ameaça de ter que pagar R$
40 milhões de dívida devidas a Ronaldinho Gaúcho.
Não vale a pena a irresponsabilidade
financeira por pouco tempo de prazer e muito tempo, quase eternamente, de preço
caro a pagar.
Victor Rodrigues
Nenhum comentário:
Postar um comentário